quarta-feira, 6 de maio de 2009

And I want you;

Já dizia uma música do Coldplay. Eu a escutava sempre que me sentia "estranhamente esquisita", derivação que dava quando gostava de alguém. Porque um sentimento tão forte me fazia sentir assim ? Era complexo demais pra minha inexperiência suportar, tanto que demorava pra me acostumar com a situação de meus pensamentos serem dirigidos àquela pessoa. Sempre fui distraída, uma vergonha em assunto de coordenação e equilíbrio mas, quando isso acontecia comigo, infelizmente ficava escrito na minha testa. Tímida, sofria e amava em silêncio. Com uma péssima mania de ser fechada era difícil arrancar alguma coisa de mim, apenas criava coragem de desabafar se, e somente se, explodir fosse a última opção.


Era uma tarde de junho, já tinha feito a lição de casa e o computador era a única companhia onde eu estava. Sentei, liguei, abri uma página da internet e resolvi pesquisar sobre uma banda que eu estava escutando e foi quando o vi pela primeira vez. Ali, parado, sereno, quieto. Choque! Nunca em minha vida havia visto alguém parecido. Logo disse: existe ? Pensei comigo "arrisco ou não? Para minha surpresa, arrisquei. Não esperava nenhuma reação da minha parte, mas já estava adivinhando qual seria a desculpa usada "hum, fazemos aula de teatro juntos?" Teatro? Sinceramente, não tinha nada melhor pra inventar não ?! Algum esporte? Não, o teatro foi escolhido pra ser a vítima dessa vez. Macbeth, Hamlet, Romeu e Julieta, todos feitos por um grande escritor pelo qual admiro muito, Shakespeare. Porque ler seus romances não me inspiram? Aliás, inspiram sim. Cheguei na conclusão de que sou eu a azarada e os personagens nem seu autor tem culpa nisso.

Ah, eu fui falar com ele - muito bom pra ser verdade. Pois é, não tive coragem nenhuma, deixei a oportunidade passar de novo quando o vi saindo do portão. Passos largos me levavam até a saída, eu mal esperava pra chegar em casa e dormir um pouco. Na rua, ouvia o barulho tão comum que fazia parte da minha rotina certinha. Avistei minha casa e peguei a chave da porta. Abri-a. Subi as escadas, outra porta. Peguei o molho de chaves, achei a certa. Entrei. Lá estava ele, tão fofo, convidativo, com 3 almofadas no canto esquerdo e andando em sua direção lembrei da chance perdida de hoje. Frustrada, joguei a mochila com raiva no sofá e fui até a cozinha arrumar meu almoço. Droga! pensei.

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